Quanto vale então fazer das tripas coração?

Quanto vale então fazer das tripas coração?[2]

Quanto será se sacrificar por um bem que não é para você, e sim para o próximo?

E o melhor, quanto será ser reconhecido?

Pois bem, a meu ver as pessoas no mundo querem ser reconhecidas por tudo que fazem, tanto para o bem quanto para o mau. Cheguei a essa conclusão observando as pessoas próximas de mim. Elas fazem de tudo para receber reconhecimento, nem que seja um simples obrigado ou você esteve ótima. Isso com certeza levanta muito a auto-estima das pessoas. Mas, na maioria das vezes isso não acontece. Elas não recebem reconhecimento. Confesso que sou do tipo de pessoa que espero sempre receber um “parabéns”, porém, não sei dizer “parabéns”.

É, isso é uma atitude egoísta.

Neste texto não venho retratar “defeito” que encontro em pessoas, e sim, “defeitos” que encontro em mim. Aquela historinha de que quando você aponta um dedo para uma pessoa, você tem três apontados para você, é realmente verdade. Quando levantamos a mão para criticar, na maioria das vezes, nós temos o mesmo defeito do que a pessoa que criticamos. Mas não podemos ver, porque infelizmente não conseguimos enxergar defeitos em nós. Certa vez minha prima me contou uma historinha sobre os defeitos dos outros, é a seguinte:

“A vida é uma grande fila, e todos nós andamos com duas mochilas. A mochila da frente é onde fica nossas qualidades, e a mochila de trás é onde ficam nossos defeitos. Por estarmos em uma fila, só enxergamos nossas qualidades e os defeitos dos outros. Temos que tomar muito cuidado ao apontar os defeitos dos outros, pois atrás vão ter varias pessoas para apontar para o nosso.”

Com toda a certeza ela tem razão. Não medimos esforços para apontar o dedo, falar dos outros e etc. Com muita freqüência esquecemos que também podemos ser vitimas de nossos “julgamentos”.

“Atirai a primeira pedra quem não tem pecado”

E é incrível como às vezes fazemos esse tipo de “julgamento” e esperamos ser reconhecidos. Esperamos que as pessoas achem bonita a nossa “capacidade” de percepção dos defeitos aleios. Queremos que o mundo gire ao redor de nosso umbigo, mas se quer olhamos para ele.

As pessoas (assim como eu) têm carência de um muito obrigado,por favor, com licença...palavras mágicas que aprendemos assim que chegamos à escola, mas que com o passar do tempo são perdidas na nossa ignorância.

Oh,ignorância...porque existes? Veio para roubar a nossa paciência? Ou para roubar o resto de gentileza que nos resta?

Como já disse, não vim aqui para falar mau desse mundo que já está em ruínas,e muito menos para falar dos falsos moralistas que nele vive. Vim falar da minha vontade de gritar. De gritar que está tudo errado. É que nem um amigo meu fala: “Pára o Mundo que eu quero descer!”. Pois bem, eu num quero mais brincar nesse mundo, ele já ta chato. Todo mundo ta levando isso aqui muito a serio.

Eu acho que seria muito melhor se as pessoas passassem a ser ingênuas...viverem sem compromisso ,como crianças. Viver como criança, mas com a razão de adulto.

Enfim, acho que as pessoas só seriam felizes quando voltasse para o pré-primário e aprendessem as palavrinhas mágicas para uma boa convivência com os coleguinhas de mundo.

= Foto: Arthur, meu primo mais novo. =

PS: Escutem a música "Hole in My Soul - Aerosmith".