24/08/2010

Indivíduo na sociedade ou sociedade no individuo?


Com meus estudos em um curso pré-vestibular para a faculdade história, estou tendo algumas aulas de sociologia, e confesso, está sendo bem melhores das que eu tive no ensino médio e no curso de Turismo. Pois bem, essas aulas têm me feito refletir bastante sobre a vida, e eu tenho precisado muito disso. Porem, a minha ultima aula me deixou um pouco intrigada sobre a sociedade em que vivemos.
Na aula discutimos que se todo mundo soubesse fazer tudo ele seria livre. Concordo plenamente com isso, penso que conhecimento nunca é demais. Porem, se todos soubessem fazer tudo não viveríamos em sociedade, mas, essa sociedade nos faz nos aproximar das outras pessoas por interesse no que ela sabe fazer e não quem ela é.
Então , chegamos à conclusão que a sociedade nos influencia, e nos pressionam a ser o que ela quer que nós sejamos, como por exemplo: Temos que ter boa aparência e conteúdo para que sejamos aceitos em diversos grupos (pelo menos naqueles que parecem ser “os melhores”). Mas espere ai, a sociedade não é formada por indivíduos? Mas nós somos indivíduos. Opa! Chegamos em uma encruzilhada. Quem são essas pessoas que nós fazem de marionete? Por que se somos todos frutos de um mesmo ventre , não há motivo de nos separarmos em melhores e piores, aceitos e excluídos. Gostaria de saber quem é esse termômetro de certo ou errado, normal e aberração. Há muito tempo eu me vestia de modo diferente do que a sociedade achava que era certo (podem olhar os meus primeiros posts para confirmar), mas eu gostava de ser diferente do que os outros achavam que eu teria que ser, mas para ser diferente eu tinha que ser aceita no grupo dos diferentes e para isso eu tinha que me comportar como eles e até fingir que gostava das mesmas coisas que eles para ser aceita. Isso não era ser diferente, isso é se deixar influenciar pela cabeça dos outros. Então comecei a reparar no ‘mundo’ em que eu vivia e que eu não era um Jadi ou o Lado Negro da força, eu só era mais um Clone ou um Droid de merda, eu apenas era o que meu grupo queria que eu fosse. Isso aconteceu até que felizmente eu parei para pensar que não era as minhas roupas e unhas pretas que fazia eu ser a Tamara que eu queria ser, e que não era os vocais Guturais que eu escutava que me fazia a fodona, apenas percebi que eu tenho que continuar andando na Contra mão do Sistema, e que apenas tenho que fazer o que eu quero sem me importar se vou ser aceita ou não, mas para isso tenho que ser cordial com todos, respeitando seu modo de pensamento, por que nem todos vão aceitar o meu.
Hoje eu tenho muito orgulho de ser do grupo dos excluídos, por que infelizmente somos obrigados a escolher em qual ‘mundo’ queremos ficar, e tenho certeza que esse não é o meu. Temos que parar para pensar no que queremos para nossas vidas, ser mais um produto fútil da sociedade , no qual ela pode te descartar a qualquer momento ou ser livre e viver o que você diz sem ter medo dos que os outros vão falar. Eu já fiz a minha escolha, porem, não quero ser a formadora de opinião que tenta mudar as suas idéias, mas sim aquela que tenta abrir os seus olhos.

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